19 de janeiro de 2013

›› PREFEITURA DE VIRGEM DA LAPA/MG FECHAS AS PORTAS, MAS NEGA SER POR CONTA DE DÍVIDAS


Várias prefeituras em Minas em especial no Vale do Jequitinhonha onde houve transição de governo, fecharam suas portas para balanço, pois receberam a maquina pública com grandes problemas e altas dívidas, o que impede o funcionamento inicial neste principio de mandato.

Esta medida faz com que a prefeitura angarie recursos e crie um "caixa" para amenizar ou sanar os problemas deixados pela gestão anterior; Mas em Virgem da Lapa a prefeitura decretou seu fechamento, mas nega ser devido a problemas deixados pela gestão antecessora.

O prefeito de Virgem da Lapa (MG) no médio Jequitinhonha, Harley Lopes(PT), determinou o fechamento da prefeitura , de 14 de janeiro até o dia 1º de fevereiro.

Segundo o chefe de Gabinete, Thales Murta, que visitou a redação do Jornal Gazeta na tarde de terça-feira (15), a medida foi necessária para se tomar conhecimento da realidade administrativa e planejar um novo rumo para o município.

Acompanhado do secretário municipal de Administração, Marcus Vinicius, ele afirmou que serão feitas mudanças internas, readaptação do espaço físico da prefeitura e modernização administrativa.

Indagado se as mudanças não evidenciavam desentendimentos com o governo anterior, que ajudou a eleger o atual prefeito, Thales Murta observou que não existem dois irmãos com pensamentos iguais. "Por mais que o governo anterior seja parceiro, os novos gestores têm uma visão diferenciada", ressalta Murta.

A prefeitura conta com 9 secretários. Thales Murta e Marcus Vinicius, garantiram que os serviços essenciais, como coleta de lixo e atendimentos da Saúde não serão afetados.

Todas as mudanças deverão ser aprovadas pela Câmara Municipal que está em recesso e retoma os trabalhos em fevereiro.

Harley Lopes foi eleito com ajuda do seu antecessor Everardo Martins, o Dim (PT) que administrou o município por duas gestões consecutivas.

Choque de gestão

A palavra de ordem do novo governo, segundo Thales Murta, será o choque de gestão. "Trata-se de uma orientação dos governos do Estado e da União", disse ele.

A folha de pagamento com pessoal engole mais da metade do FPM ( Fundo de Participação dos Municípios). O FPM gira em torno de R$ 700 mil mensais.

"Em dezembro a folha de pagamento foi de R$ 550 mil", informou o secretário de Administração.

"A crise financeira por enquanto, ainda não bateu em nossa porta", afirmou Thales Murta, garantindo que fornecedores e funcionários foram pagos no final da gestão anterior.

Funcionários discordam

"Não recebemos os salários de dezembro. A nova administração poderá enfrentar a primeira manifestação dos funcionários que estão indignados com isso", diz o ex-vereador Antonio Rosqueiro, que é funcionário efetivo da prefeitura.

Segundo ele, a arrecadação municipal em dezembro foi de R$ 1.808.490,00, entre impostos e Fundeb.( Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica). "A culpa pelo não pagamento dos nossos salários é do ex-prefeito", salienta o ex-vereador.

FONTE: GAZETA DE ARAÇUAÍ

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