Trabalhadores da Cemig realizaram nesta quarta-feira (13) uma paralisação de 24 horas para protestar contra a demissão de técnicos de segurança e membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Segundo o diretor do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG), Jairo Nogueira Filho, a empresa demitiu os funcionários de forma arbitrária, sem apresentar nenhuma justificativa.
A categoria fez uma manifestação pela manhã em frente à sede da empresa na rua Itambé, no bairro Floresta, região Leste de BH e chegaram a fechar o trânsito no viaduto Santa Tereza por aproximadamente 30 minutos. Em seguida, os manifestantes saíram em passeata.
Ainda segundo o diretor do Sindieletro, a categoria está revoltada com a demissão de quatro trabalhadores que tinham estabilidade na empresa e foram mandados embora sem justa causa. "Dois funcionários são membros da atual gestão da Cipa, um deles tem estabilidade porque seu mandato como cipista terminou agora e o último é técnico de segurança e diretor do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado de Minas Gerais (Sintest-MG)".
De acordo com Jairo Nogueira, essa prática não é comum na empresa e por isso está sendo questionada pela categoria. "Os trabalhadores tinham todos mais de 20 anos em Cemig. Nós ficamos sem entender", lamenta o diretor. O Sindieletro-MG entrou com um recurso na empresa, que ainda não se manifestou sobre as demissões.
Na tarde desta quarta-feira, aproximadamente 100 diretores do sindicato de todo o Estado, além de trabalhadores, se reuniram para definir os próximos passos da categoria. "Estamos organizando mais manifestações para cobrar uma resposta da Cemig", garantiu. Em paralelo, alguns diretores participam de uma reunião com o deputado Rogério Correia para ajudar a definir novos rumos para o movimento.
A Cemig foi procurada mas informou que não vai comentar a paralisação dos eletricitários nem os argumentos utilizados pela categoria para o realizar protesto. A empresa informou ainda que a paralisação não comprometeu o serviço e o atendimento aos consumidores.
Fonte: http://www.hojeemdia.com.br
